Anúncios
O Caminho da Estrada Real surgiu lá no século 17, quando a Coroa Portuguesa do Brasil Colônia, resolveu começar a controlar o escoamento da produção comercial do interior de Minas Gerais até o litoral do Rio de Janeiro.
Como a riqueza era tamanha e para controlar a circulação das riquezas – incluindo aqui a exploração dos recursos minerais – foram abertos diversos caminhos oficiais que ficaram conhecidos como Estrada Real. A ideia, que aparentemente até hoje é utilizada, era obrigar as pessoas a pagar impostos sobre as mercadorias que eram transportadas, principalmente sobre o ouro e o diamante que saiam das terras de Minas Gerais com destino aos portos do Rio de Janeiro.
Dessa forma, a Estrada Real era o caminho oficial que a Coroa Portuguesa sugeria para esse transporte. Entretanto, todas as pessoas que abrissem outros caminhos ou que se utilizassem de rotas alternativas, com o intuito de burlar a supervisão da Coroa, se encrencaram com a justiça. Por consequência desses atos é que surgiu o termo “descaminho” que hoje é considerado um crime contra a ordem tributária.
O que é a Estrada Real?
Nos dias de hoje a Estrada Real é considerada a maior rota turística Brasileira, afinal de contas estamos falando de uma rota que conta com mais de 1600 quilômetros de estrada e que passa por uma grande quantidade de cidades e povoados que estão situados em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
O percurso é feito para reimaginar os caminhos coloniais, preservar o patrimônio da região, conhecer mais da história e ainda ajudar a revitalizar os pequenos vilarejos que estão espalhados pelas regiões, os quais são pontos importantes do roteiro.
Dessa forma a Estrada Real conta com quatro caminhos: Caminho Velho, Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho Sabarabuçu. O mais interessante desses caminhos é que você pode conhecê-los das mais diferentes formas, podendo ser de carro, moto, bicicleta, a pé ou a cavalo.
Caminho Velho
O caminho Velho, também é chamado de Caminho do Ouro. Ele é o caminho considerado o primeiro trajeto oficial e implementado pela Coroa Portuguesa e servia para ligar a região produtora de ouro no interior de Minas Gerais – que na época tinha como sua principal cidade, Villa Rica, que era sede da capitania e a atual cidade de Ouro Preto – ao litoral do Rio de Janeiro.
A rota desse caminho vai de Ouro Preto até Paraty, sendo que ela passa por um total de 27 cidades, dentre as quais se destacam, Congonhas, São João del Rei, Tiradentes, Caxambu, São Lourenço e Cunha. A rota conta com uma distância de 710 km e apresenta um tempo recomendado para conhecer o caminho todo de oito dias (se você estiver de carro).
Caminho Novo
O Caminho Novo surgiu como uma alternativa ao Caminho Velho, sendo que este foi pensado para ser uma rota mais segura para o escoamento de mercadorias. Uma vez que a primeira rota se tornou bastante popular, as cargas começaram a ficar mais suscetíveis a assaltos e roubos.
A rota do Caminho Novo também saia de Ouro Preto, porém o seu destino final era Petrópolis, sendo que a rota passava por 18 municípios, sendo que os que mais se destacam são, Lavras Novas, Barbacena. Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete, Paraíba do Sul e Itatiaia.
O Caminho Novo conta com uma distância de 515 km e que pode ser percorrido com um tempo recomendado de seis dias, para uma viagem de carro.
Caminho dos Diamantes
É de se imaginar que o Caminho dos Diamantes foi aberto justamente para controlar como o escoamento da exploração de diamante acontecia. Dessa forma o trajeto ligava Diamantina até Ouro Preto, que na época era conhecida como Vila Rica e era a sede da Capitania.
A rota do Caminho dos Diamantes faz o caminho de Diamantina até Ouro Preto e passa por 19 cidades ao todo, sendo que as mais importantes são: Serro, Cocais, Catas Altas, Santa Bárbara e Mariana. Essa rota conta com uma distância de 395 km e apresenta um tempo recomendado para ser percorrido de seis dias, pensando em uma viagem de carro.
Caminho Sabarabuçu
O trecho mais curto da Estrada Real é o caminho Sabarabuçu, o qual conta a história dos exploradores que avistaram um brilho no topo da Serra da Piedade e imaginaram que no local poderia ter ouro.
Como a região apresenta uma geografia bastante complexa, esses exploradores criaram uma rota alternativa que hoje é chamada de Caminho Sabarabuçu. O grande feito desses desbravadores foi criar uma rota que passa por paisagens belíssimas, pois, o brilho que eles avistaram não era ouro, mas sim minério de ferro.
A rota do Caminho do Sabarabuçu passa por sete cidades e liga Cocais até Glaura, sendo que as cidades mais importantes são Caeté e Sabará. A distância percorrida pela rota é de 160 km, sendo que pode ser inteiramente visitada em dois dias, pensando em uma viagem de carro.
Qual a melhor época para conhecer a rota da Estrada Real?
O melhor momento para percorrer a rota da Estrada Real é no período de menor quantidade de chuva, que acontece de abril a setembro. É preciso lembrar que o roteiro passa por três estados: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. De tal forma que pode acontecer uma variação de clima entre os diferentes destinos.
A grande vantagem é que como o roteiro acontece inteiramente na região Sudeste, o período de chuvas vai de outubro a março, sendo que se pensarmos em São Paulo e Rio de Janeiro, as chuvas são intensificadas no mês de dezembro e se prolongando até abril.
Uma época bastante interessante para viajar é em setembro, quando aparece sol o tempo inteiro. Em julho também é um mês com bastante sol, entretanto pode fazer alguns períodos de maior frio. Durante os períodos de chuva, a viagem também é bastante diferente, mas o calor é bem forte e com bastante chuva no fim do dia.
Dessa forma, escolha a melhor época e vá conhecer esse roteiro.
Conclusão
A Estrada Real surgiu no século XVII com o intuito de controlar o escoamento da produção comercial do interior de Minas Gerais até o litoral do Rio de Janeiro. A Coroa Portuguesa implementou a Estrada Real para monitorar o transporte de mercadorias, principalmente de ouro e diamante. A Estrada Real é considerada a maior rota turística do Brasil, com mais de 1600 quilômetros de estrada que passa por várias cidades em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. É uma oportunidade para conhecer a história do Brasil, preservar o patrimônio local e revitalizar pequenos vilarejos.
A Estrada Real possui quatro caminhos, cada um com características únicas. O Caminho Velho é o trajeto oficial, que ia de Ouro Preto até Paraty, passando por 27 cidades, como Congonhas, São João del Rei, Tiradentes, Caxambu, São Lourenço e Cunha. O Caminho Novo foi pensado como uma alternativa mais segura ao Caminho Velho, com um destino final em Petrópolis. O Caminho dos Diamantes foi aberto para controlar o escoamento da exploração de diamante e ligava Diamantina até Ouro Preto, passando por 19 cidades, como Serro, Cocais, Catas Altas, Santa Bárbara e Mariana. O trecho mais curto é o Caminho Sabarabuçu, que conta a história dos exploradores que avistaram um brilho no Rio das Velhas e descobriram ouro na região.
Cada caminho pode ser percorrido de diferentes formas, como de carro, moto, bicicleta, a pé ou a cavalo. Além disso, a Estrada Real apresenta uma oportunidade para se conectar com a natureza, experimentar a gastronomia local e se envolver com as tradições culturais das comunidades locais.
A Estrada Real é um exemplo de como o turismo pode ser uma força positiva para o desenvolvimento econômico e social de uma região. Os vilarejos que estão espalhados pela Estrada Real são pontos importantes do roteiro e muitos deles dependem do turismo para sobreviver. O turismo ajuda a revitalizar a economia local, gerando empregos e movimentando a cadeia produtiva.
Em conclusão, a Estrada Real é uma das rotas turísticas mais interessantes do Brasil, com muita história para contar, patrimônio cultural e natural preservado e muitas oportunidades para conhecer as tradições e as comunidades locais. O turismo na Estrada Real pode ser uma ferramenta importante para o desenvolvimento econômico e social das regiões por onde a rota passa, ajudando a revitalizar vilarejos e gerar empregos e renda. É um exemplo de como o turismo pode ser uma força positiva para a sustentabilidade de uma região e para a preservação da cultura e da história.